segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A semiolinguística e a psicanálise – uma possível articulação?


O trabalho de Raquel Jardim Pardini se propôs a apresentar um caso clínico da psicanálise, Anna O., e a aplicação de um instrumento metodológico da análise do discurso, a semiolinguística e nela o quadro comunicacional de Patrick Charaudeau, para analisar o sintoma lingüístico da paciente, junto a conceitos da psicanálise como inconsciente, transferência, forclusão (Verwerfung) e suplência. Anna O. foi paciente de Breuer de 1880 a 1883, período em que iniciava a psicanálise. Breuer era médico de Anna e ao examiná-la, diagnosticou a sua doença como histeria. Breuer a tratou com a hipnose e o método catártico, chamado por ela de “talking cure”. Anna apresentava vários sintomas somáticos, como contraturas, paralisia parcial de membros, dores neurálgicas, perturbações psíquicas além de distúrbios lingüísticos bizarros, como a recusa da sua língua materna, o alemão em prol do inglês, para se comunicar. Quando Anna encontrava-se internada no Sanatório Bellevue escreveu um relato em inglês sobre seu estado de saúde e incapacidade de falar, entender, ler ou escrever em alemão. Como dito anteriormente, o quadro comunicacional de Patrick Charaudeau servirá de instrumento metodológico para junto aos conceitos da psicanálise analisar o relato de Anna O. e um fragmento do caso clínico.

Nenhum comentário: