segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O conceito de Discurso em AD




Na continuidade das discussões em torno do conceito de Discurso em AD, tratamos, em linhas gerais, dos seguintes pontos:

• A polissemia do termo;
• Ponto de concordância: a linguagem enquanto discurso é a manifestação da língua na comunicação sendo, ao mesmo tempo, interação e uma forma de produção social;
• Kristeva : “O discurso implica primeiro a participação do sujeito na linguagem através da fala do indivíduo”, o que o diferencia da língua enquanto sistema social de signos, e da fala, que é sempre individual e uma combinação particular introduzida pelo falante no sistema da língua;
• Michel Foucault (1968) A arqueologia do saber : afirma o primado do discurso. O discurso é uma prática, uma prática política na qual há um engajamento de um sujeito e de uma instituição enquanto elemento de uma estrutura;
• Foucault: o discurso é formado por elementos que não estão ligados por nenhum princípio de unidade, mas que seguem uma determinada regra que, através da dispersão, pode ser acionada e originar as “regras de formação”;
• “Chamaremos de discurso um conjunto de enunciados, na medida em que se apóiam na mesma formação discursiva. [o discurso] não forma uma unidade retórica ou formal, indefinidamente repetível e cujo aparecimento ou utilização poderíamos assinalar na história; é constituído de um número limitado de enunciados para os quais podemos definir um conjunto de condições de existência. O discurso, assim entendido, não é uma forma ideal e intemporal que teria, além do mais, uma história; o problema não consiste em saber como e por que ele pode emergir e tomar corpo num determinado ponto do tempo; é, de parte a parte, histórico – fragmento de história, unidade e descontinuidade na própria história, que coloca o problema de seus próprios limites, de seus cortes, de suas transformações, dos modos específicos de sua temporalidade, e não de seu surgimento abrupto em meio às cumplicidades do tempo”.

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